Não vamos aqui apontar para uma determinada religião, afinal assuntos como política, religião e futebol geram discussões infinitas e você nunca conseguirá mudar a opinião contrária até que o seu precursor seja prejudicado pelo lado que defenda. O ponto aqui é outro.
A semântica de toda essa discussão não é religião X ou Y, e sim a forma como algumas igrejas tratam seus fiéis. É sabido que a religião mais popular do mundo utilizou métodos ortodoxos (Medo da punição, condenação à morte) em sua expansão e foi se atualizando até chegar onde chegou, assim como os xiitas do Islã tentam hoje de forma “inspiradora” os mesmos métodos, mesclado com ódio declarado ao ocidente com a forma “depravada” de como vivemos, entretanto são outras favas contadas, o mundo hoje é outro, globalizado e o medo que tentam impôr acaba resultando em ódio e raiva com os vídeos compartilhados e não respeito como acredito que desejam.
É fato que a religião faz bem para muita gente, sem julgar a motivação no qual as pessoas apegam-se em algo, e isso é louvável, muitos estudos comprovam que quando dedicamos nossas conquistas ou momentos bons a algo maior, a motivação aumenta para continuarmos a desejar conquistar coisas boas fazendo o bem e nunca partir para o lado negro da força.
O que me incomoda e acredito que bastante gente também há de concordar, não é a diversidade de religiões, e sim a forma como algumas igrejas impõem suas doutrinas desrespeitando as demais, como se apenas àquela em questão prestasse e as demais que se fodam. O respeito é algo louvável e tão raro hoje em dia, e o básico que se deveria pregar primeiramente é o respeito entre as pessoas. O respeito é o pilar para a boa convivência e educação.
Outro fator incômodo são as cobranças de dízimo. Não que seja errado, acredito que tudo na vida que te faz bem você deve de alguma forma retribuir, no caso, ajudar a sua igreja financeiramente para que as doações (dízimo) sejam encaminhadas para boas ações aos mais necessitados ou até para a manutenção do local onde você costuma ir para espairecer e sentir-se bem, mas a partir do momento que é estipulado uma mensalidade mínima (Que de mínima não tem nada) onde você precisa COMPROVAR sua renda para que uma % seja “doada” à igreja, aí já começa o abuso. Nada impede de uma pessoa pegar tudo que ganhou no mês e doar para alguém ou alguma instituição, se uma “intervenção divina” o salvou naquele momento de uma doença, um ente querido curou-se, alguma conquista pessoal ou qualquer outro motivo (Megasena), mas obrigá-lo a pagar por todos os meses isso é brincadeira com a crença da pessoa. O problema é a forma como é cobrado e não o ato de cobrar em si.
Se continuar com essa bola de neve onde as igrejas abrem uma franquia por mês pelo país, lucram cada vez mais com pedidos de doações exorbitantes (isentos de impostos e não precisa ser declarado por serem doações) e programas intermináveis na TV, pedindo ainda mais dinheiro divulgando não só uma conta corrente, mas, pelo menos , de quatro bancos diferentes. É o sonho de toda empresa pelo mundo, não pagar impostos, vender o produto pelo preço que quer e os seus clientes pagando fielmente todo mês suas compras sem atrasar uma mensalidade, seria o paraíso do capitalismo. Não generalizando, algumas pessoas mal intencionadas com aproximadamente R$300,00 podem abrir sua própria igreja e começar a “faturar” isento de IR e IOF.
Curiosamente, é nos EUA, o templo da religiosidade no Ocidente, que o sistema figura um pouco mais racional. Ali, as isenções não são absolutas nem incondicionais. Se a igreja se meter muito escancaradamente em ações de lobby, em campanhas eleitorais ou se violar políticas públicas consideradas fundamentais (como o combate ao racismo), pode perdê-las. Vejo em nosso país muitas igrejas fazendo exatamente o contrário, nestes casos, o Estado deveria impor e começar a cobrar impostos destas instituições com CNPJ.
Você concorda? Comente e vamos compartilhar nossas opiniões.
Ah! E obrigado pela visita.
Eu respeito todas as religiões, mas acredito que algumas igrejas extrapolam em relação ao dízimo.
Dízimo: para mim é doar roupas, doar alimentos, doar sangue e dar conselhos para quem precisa. Conforta e doar – se pelo próximo. Isso infelizmente não é falado nas igrejas.
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