Mr. Robot, uma série que deveria ser assistida por todos

Estava eu de boa, acabado de finalizar a 10ª e última temporada de Trailer Park Boys (Chorando ao invés de rir) e instantaneamente órfão de alguma série para assistir mas que ainda não fosse algo modinha e que spoilers estivessem por todas as partes, estava na dúvida entre a 2ª temporada de Ash vs. Evil Dead ou começar uma série do zero.  Pesquisando, notei que a tal de Mr. Robot ou Sr. Robô estava com notas altíssimas e em todo lugar comentários positivos dos usuários, sequer uma crítica negativa. Lendo a sinopse não pensei duas vezes, como ela não tinha no Netflix, me virei com o Stremio, todos episódios em HD, e desde então estou pilhadasso com a série, como há tempos não ficava. Confiram a reZenha crítica de Mr. Robot.

Para quem gosta de uma boa série já vou adiantando, a Universal pegou o de melhor da Família Soprano e Dexter, e mesclado a uma trilha sonora e fotografia perfeita que só poderiam ter sido realizados por um estúdio gigante como a Universal, e assim criaram um monstro (No bom sentido) uma série tão fantástica que os mais desavisados ao bater o olho já pensam ter sido criada pela HBO, tamanho a visível qualidade, quadro a quadro. Inexplicavelmente não possui um ponto negativo tecnicamente falando, assim como as séries da HBO ou Breaking Bad e Better Call Saul, onde cada quadro aparenta ter sido propositalmente gravado com a intenção de ser uma fotografia FODASTICA!

A série trata sobre a vida de um jovem programador chamado Eliott (Rami Malek) que trabalha como engenheiro de segurança virtual durante o dia, e como hacker vigilante durante a noite. Elliot se vê numa encruzilhada quando o líder (Christian Slater) de um misterioso grupo hacker o recruta para destruir a firma que ele é PAGO para proteger. Motivado pelas suas crenças pessoais, ele luta para resistir à chance de destruir os CEOs da multinacional que ele acredita estarem controlando e destruindo veladamente o mundo.

Quando falei que pegaram o melhor de séries aclamadas como Família Soprano e Dexter não estou precitado, posso citar vários exemplos.

Eliott sempre consulta-se com uma Psiquiatra, de começo há uma resistência, mas com o desenvolvimento da série e alguns fatos relevantes este relacionamento vai aumentando, onde um vai ajudando o outro, mesmo que indiretamente, assim como em Família Soprano com  Tony Soprano e Dra. Jennifer Melfi. Temos a discussão central da trama, a influência ditatorial das grandes corporações e a escravidão financeira das pessoas diante delas. O consumismo, capitalismo, perca de valores da sociedade, tudo isso é amplamente discutido por Eliott e seu Eu Lírico, o que acaba sendo um tapa com luva de pelica na cara de muita gente que caminha pelo “lado negro da força”. Tudo isso é discutido também na Família Soprano pelos personagens, e foi o que tornou a série tão cultuada até hoje, quase 20 ANOS DEPOIS!

Sobre o personagem de Eliott parecer com Dexter é muito sobre algo que eu amo em séries, o anti herói. Aquele cara que está fazendo a coisa errada, só que por motivações corretas, meio confuso não? Vou explicar.

O cara é um Analista em Segurança Digital, ou seja, é pago para impedir invasões nos sistemas das empresas ou serem hackeadas, entretanto, quando ele implica ou nota algo de errado em alguém, ele simplesmente hackeia toda a vida da pessoa e acompanha seus movimentos, com isso já nos primeiros minutos da série nos deparamos com uma das cenas mais fodas que eu já vi, onde ele entrega tudo que garimpou do dono de uma cafeteria ao próprio, acusando-o de Pedófilo (Comprovadamente), e ao mesmo tempo não aceitando dinheiro para retirar a denúncia que já havia feito anonimamente e a polícia chegando na cafeteria quase sincronizadamente com a sua saída do local, uma das cenas mais ÉPICAS que já presenciei.

Em Dexter, temos um personagem que é Analista Forense, especializado em marcas de sangue nas cenas de crime. Ele utiliza todo seu conhecimento e privilégios por trabalhar no departamento policial para realizar crimes perfeitos matando pessoas, ele é um serial killer… só que do bem, pois as suas vítimas são homicidas, que mataram sem uma motivação especial. Ora, é errado o cara matar alguém? Lógico que é, mas o cara matou um assassino, uma vez que na série é discutido a ineficácia da justiça (Não da polícia).

É a mesma coisa com Eliott, ele sabe que a empresa que ele é pago para proteger, na verdade escraviza financeiramente o mundo todo, é detentora de 90% de toda movimentação financeira mundial (Seriam os rockefellers citados de forma velada?) causando dor e constrangimento a milhares de pessoas. Além disso temos as pessoas que ele hackeia, é errado invadir a privacidade delas? Lógico que é, mas se não o fizesse, continuariam a cometer crimes terríveis ou pecados capitais a sociedade. Mesma coisa com a empresa no qual ele trabalha e vive no dilema de acabar com ela toda, é errado? Se formos analisar, pode até ser anti ético, mas imoral? Não!

Afinal o mundo não é feito apenas de vilões, precisamos de justiceiros, pessoas que estejam carregadas de boa vontade, por mais distorcidas que sejam, mesmos que estes justiceiros não sejam exemplos a serem seguidos.

Acabei a primeira temporada, mas a cada episódio foi uma nova surpresa (Pleonasmo detected). Desculpem o textão, é a empolgação de uma série que não deixou a peteca cair em nenhum momento da primeira temporada.

Minha nota é 5/5.

Então po po po po po po po por hoje ho hoje ho ho hoje é só pessoal!

Você já assistiu a série? Ficou com vontade de assistir?  O que você achou, é tudo isso mesmo? O seu comentário é a alma do Blog. Agora vou parar de escrever, afinal #Partiu segunda temporada!!!

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