Rezenha Crítica The People vs. O.J. Simpson

E para comemorar o Dia Internacional da Mulher, Netflix liberou em seu catálogo a série American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson que já havia passado em canais pagos. Nada mais justo, visto tudo o que ocorreu na época transportado para a série. Foi baseada em uma história real, um famoso e histórico duplo homicídio causado em meados de 1994, envolvendo O.J. Simpson (Um Neymar da época já aposentado dos jogos da NFL), a sua ex mulher Nicole e atual namorado Ronald Goldman (ambos assassinados), e temas até hoje motivo de ardentes discussões e protestos como o racismo, feminicídio e corrupção da polícia. Imagine tudo isso junto e misturado? É como acender um palito de fósforo e jogar em um barril de pólvora. Gostou? Confira a rezenha crítica de American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson.

A série seguirá a mesma lógica de True Detective, ou seja, cada temporada trará um conto policial diferenciado do anterior envolvendo crimes sem nenhuma ligação entre eles.

A primeira temporada conta com 10 episódios, cada um com 50 minutos. Particularmente fico receoso com episódios longos, por perder a qualidade no meio e nosso foco esvaindo-se também, entretanto conseguiram manter um nível excelente em todos os episódios, não deixaram a peteca cair em nenhum instante com um roteiro e direção que te prendem na cadeira, fazendo você querer saber se O.J. é culpado ou não, sendo jogado a cada instante a uma prova diferente tornando você literalmente um dos jurados do caso, mesmo estando sentado no conforto de sua casa. A prova disso é que  falei com duas pessoas que também já assistiram e nenhuma tinha a mesma opinião que eu e nem entre elas, imagina então na época o estrago que esse caso fez.

A série conta com uma trilha sonora fodida, seja elas músicas clássicas como Sabotage do Beastie Boys tocando na famosa perseguição a O.J. e seu Ford Bronco em uma rodovia super movimentada ou as instrumentais que tocam durante o decorrer dos episódios. Somos agraciados por uma fotografia cirúrgica, pensada minuto a minuto em cada cena real, que outrora foi transmitido ao vivo nas redes televisivas. Se você assistir trechos das filmagens reais e da série depois, você nota a perfeição como conseguiram refazer cada momento perfeitamente. Não é atoa que venceram o Globo de Ouro de 2016. Se prestar bem atenção durante a série, vários momentos que a TV está ligada na cena, o que passa na TV é justamente programação real da época, ponto pros arquivos da FOX.

Outra curiosidade que vale a pena salientar é a aparência dos atores com os reais envolvidos. Gente só pode ser brincadeira são muito iguais, VAI TOMA NO CU! Eu só fui ver depois que acabou a série, pois nos créditos finais mostram e comparam ambos, e o que houve com cada um após o midiático julgamento. Você fica PERPLECTO com tamanha semelhança, principalmente da Marcia Clark e do Christopher Darden.

Sem querer dar spoiler (acho que não seja spoiler na verdade), mas o julgamento diante de atitudes desesperadas da defesa e de certa forma até oportunistas (Não havia outra forma) tomou proporções incalculáveis partindo de um julgamento de duplo homicídio a uma batalha inter racial na cidade Los Angeles (Entre ser negro e culpado ou branco e inocente) pondo em cheque inclusive a idoneidade da polícia local, se plantava ou não evidências, obrigando certas testemunhas a invocar a famosa “quinta emenda”. Com todo o clima bélico criado na cidade, foi minando “o povo” que na gíria direitista são os promotores de acusação, que mesmo com a faca e o queijo na mão conseguiram cometer erros escandalosos e primários diante da pressão e ansiedade que essa bola de neve tornou-se. Se você duvida é só imaginar o tamanho de um escândalo se nosso “menino Neymar” fosse acusado do mesmo crime e todas as provas voltassem contra ele, incendiaria a imprensa, teria cobertura ao vivo todos os dias, 24 horas por dia, até que saísse o maldito veredito.

O elenco está impecável, desde o Cuba Gooding Jr. que interpreta o “Juice” e John Travolta (irreconhecível por detrás de seus Botox) fazendo o papel de Shapiro, “o cara” que contratou o “dream team” dos advogados da época. Entertanto vou ser ser justo e destacar quem realmente interessa, os pilares da série, Sara Paulson e Courtney Vance, respectivamente a promotora Marcia Clark e o advogado de defesa Johnnie Cochran, onde travam uma batalha jurídica épica, dando todo o tom para série, e uma caçada alucinante de quem estará a frente no próximo passo, torna-se um jogo de xadrez, onde cada jogada é cirurgicamente pensada, cada sílaba proferida ao juiz fora pensada mil vezes antes de ser dita.

Desculpem acabei me empolgando, fazem 3 dias que acabei a série e ainda estou pilhado, é muita coisa a ser discutida e digerida, e fica difícil resumir em apenas uma rezenha. O dilema que fica no final de tudo é diante da imparcialidade que a série é, nos deixando muitas discussões em aberto e cada telespectador com uma opinião diferente (E isso não é ruim, é perfeito!). A sequência final nos traz várias respostas e alguns detalhes imperceptíveis durante o desenvolvimento deixam aquela pulga atrás da orelha, e que até hoje nos fazem perguntar: – Seria O.J. Simpson realmente inocente? – Já passou 22 anos e até a hoje a dúvida paira no ar. A única certeza que todos nós podemos ter, inclusive eu, é que assim como True Detective, a primeira temporada de American Crime Story, entrou de fato para a história!

Minha nota é 5/5.

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