Os Pneus da Continental são bons?

Faz um tempo que estava  formulando este post, entretanto não pude finalizá-lo antes em virtude que para de entregar um veredito precisava testá-lo afinco para não opinar de forma precipitada, ainda mais tratando-se de um item essencial no carro e que se montado de forma errada ou comprando algo de péssima procedência pode ocasionar um acidente. Hoje vou “rezenhar” sobre pneus, com mais detalhes da marca Continental, que de todas pesquisadas foi a que escolhi para o meu Bala de Prata. São confiáveis? E a vida útil? A qualidade? São duros ou macios? Ajudam na economia no consumo de combustível? Além destes questionamentos, se você está precisando trocar de pneus e não quer ser enganado (ou por pura curiosidade para escolher o de melhor agrado e qualidade), confira esta “rezenha” sobre os pneus Continental ContiPowerContact e o que precisa saber para escolher um pneu para comprar.

No final do ano de 2016 fiz uma revisão geral no Bala de Prata, e foi muita grana na brincadeira (inclusive estou pagando até agora ksksks), fiz tudo que era preciso e sendo adiado há anos, além de outros “poréns” que surgiram durante as manutenções que só encareceram ainda mais o gasto. Foram manutenções em modo “bola de neve”: Primeiro refiz a caixa de direção hidráulica, que por causa dela, foi necessário trocar os pneus Michelin comidos (que dor no coração!) até o talo em razão do carro estar desalinhado com as buchas e bandejas estouradas devido a goteira de óleo da direção que corroeu tudo. Além disso, foram juntas do cabeçote que queimaram, bateria que arriou neste meio tempo entre outros intempéries que como adiantei só fuderam com orçamento e quase não consegui ir passar a virada em Analândia acampando (clique aqui e confira o relato).

Como meus Michelin dianteiros ficaram só no arame, e os traseiros ainda eram os que veio com o carro, resolvi trocar os 4 de uma vez. Logicamente que não ia conseguir colocar 4 pneus Michelin, infelizmente, pois sou fã da marca e sempre utilizei quando tive minha moto e em carros anteriores. Então parti para o mercado analisar o que tinha de bom e barato para comprar. Só que foi um processo longo de quase um mês, até levantar as informações necessárias. Vamos por partes.

Encontrando a medida exata

Para encontrar a medida exata é simples, ou você olha nas bordas do pneu até encontrar algo como por exemplo a medida do meu: 185/60/R14 – 82H, ou consulta o manual do veículo, e se não tiver como nenhuma das duas opções, ou você pesquisa na Internet ou liga em alguma loja e informa o carro que possui.

Custo x Benefício

Até quanto quer gastar? Essa foi a primeira pergunta dirigida a mim mesmo. Eu não podia gastar mais que R$1000,00 (com uma tolerância de R$100,00 como foi o caso). E os Michelin passavam dos R$1400,00.

Após definir até quanto gastar, comecei a pesquisar promoções e marcas. De cara descartei Pirelli e GoodYear. Já tive experiências com ambos, e sempre os achei muito duros sem estabilidade alguma. Pelo menos GoodYear tem uma vida útil alta, pois no Onix com os devidos rodízios está batendo os 60.000 KM originais de fábrica. Pirelli é só tristeza, desde quando tive minha Suzuki Yes, e em um Palio onde menos que 45.000 foi necessário realizar a troca, mesmo efetuando todas manutenções e rodízios corretamente.

Logo deparei-me com as marcas: Continental, Dunlop, Bridgestone, Firestone e Hankook.

Aqui na cidade não sei qual o iteresse na Dunlop, mas todo lugar tentavam empurrar a Dunlop e riam d emim quando demonstrava minhas segundas intenções com a Continental ou Hankook.

Outro grande problema era a forma de pagamento, aqui na cidade não facilitavam nada, então logicamente fui comprar na Internet parcelado em 10 vezes.

Eu estava inclinado com os Hankook, porquê todo Opala aqui da cidade está rodando com pneus desta marca, e são muito bonitos além de parrudos “diga-se de passagem”. Meus amigos opaleiros falaram muito bem deles. O que me barrou era o seu peso comparado aos demais, a diferença era absurda, ou seja, ele foi feito para os “6 canecos” mesmo, e se os colocasse no meu Bala de Prata, o consumo de gasolina ia disparar com o “sobrepeso”.

Após muito pensar, optei pelos Continental ContiPowerContact. Depois de muita pesquisa, descobri que os taxistas estão utilizando este modelo (quer um argumento melhor? Afinal os caras rodam o dia todo e não colocam qualquer porcaria em sua ferramenta de trabalho) e tem vindo de fábrica nas BMW’s.

Tecnologias

Com isso também aprendi sobre os tipos de pneus. Existem os simétricos, direcionais e assimétricos. Optei pelo da Continental por ser assimétrico e segundo muitas teorias, argumentos de vendedores e da própria fabricante, rendem mais e consomem menos combustível por quebrar melhor o ar, terra ou chuva que passam por eles quando estamos rodando, tudo isso em razão de não ser um único desenho de ranhuras padronizado na borracha. Normalmente o assimétrico não segue um padrão linear em seu desenho, e a razão é esta, que tudo ali teoricamente foi projetado para ter um bom desempenho de rodagem com o mínimo de consumo possível, mantendo o carro seguro sem forçar.

Para esclarecer este ponto:

Pneus Simétricos
É um pneu com o desenho tradicional mais conhecido no mercado automotivo. Mas não é fácil de identificar. Se o pneu não informar na sua lateral qual é o lado especifico ou direção através de “uma seta” por exemplo, para a montagem então “conclui-se” que é um pneu direcional. Outra forma porém não muito aplicada é dividir o pneu pelo meio na banda de rodagem, se invertermos uma das partes e colocarmos uma parte atrás da outra e ambos forem iguais é um pneu simétrico.
A vantagem destes pneus consiste na redução de ruídos, inúmeras formas de rodízio, e com relação a durabilidade este tipo de pneu tem um rendimento melhor que os demais, além de ser o pneu mais barato dos três relacionados.
É considerado uma tecnologia “ultrapassada”, normalmente com baixo desempenho nas pistas secas e molhadas, principalmente nas molhadas.

Pneus Assimétricos

Um método muito fácil de identificar se o pneu que estamos adquirindo é assimétrico é olhando as informações na lateral do pneu e localizar as palavras outside/inside (exterior/interior ou extérieur/intérieur) , ou alguma outra forma que determine o lado específico de montagem.

Uma outra maneira não muito confiável é olhando a banda de rodagem, o desenho deste pneu por padrão não se iguala ao seu lado oposto.

Simplificando, se cortássemos este tipo de pneu ao meio o lado esquerdo mão se iguala ao direito. Motivo pelo qual há necessidade de saber qual o lado interno do externo, pois o lado que ficar para fora (onde será fixado a roda com os parafusos) é muito mais reforçado que a parte de dentro.

Ocorre então o seguinte, no lado externo do pneu contém blocos maiores e mais próximos um do outro, de modo a ampliar a área de contato com o solo, principalmente em curvas, quando esta área do pneu é mais solicitada.

Desta forma proporciona curvas melhores, podendo suportar o peso e a força do veículo, além de ser um excelente isolante térmico e impermeável.

Este tipo de pneu tem mais algumas vantagens como o ruído reduzido, boa estabilidade em pista molhada e um excelente desempenho em curvas (testado e aprovado!).

A desvantagem está no preço do produto por ser uma tecnologia mais atual, consequentemente torna-se mais cara, entretanto o custo x benefício em paralelo a sua vida útil torna-se com o tempo mais vantajoso.

Pneus Direcionais

É o pneu mais fácil de ser identificado.

Observando a banda de rodagem deste pneu, podemos notar que o desenho sempre aponta em uma direção específica. Se dividíssemos um pneu destes ao meio, invertendo um dos lados e colocarmos um atrás do outro os desenhos seriam exatamente iguais (simétricos). Outro método fácil de concluir que o pneu é direcional é de localizar na lateral do mesmo, uma flecha ou símbolo, que determina a direção e em qual lado este tem que rodar. Antes da fabricação dos pneus assimétricos, a maioria dos veículos de alto desempenho saía de fábrica com estes pneus do tipo direcional.

Pelo seu alto desempenho e muito aplicado em diversos modelos de carros esportivos, este tipo de pneu normalmente tem um preço acima do normal, em função da tecnologia que é utilizada para a fabricação e constante aprimoramento do mesmo.
Conclusão
Até agora rodei mais de 10.000 km com o jogo de pneus da Continental, os ContiPowerContact e não me decepcionei em nenhum momento. Mantendo a calibragem correta dos pneus e em algumas viagens andando com ele pesado, até o momento não mostrou desgaste algum ou bolhas. Outros fatores positivos (já adiantados acima por ser um tipo de pneu assimétrico) é que tem uma estabilidade incrível, tanto nas curvas como na chuva (ou os dois juntos ksksks). Fazia tempo que não me sentia seguro no meu próprio carro, tanto que um dia aleatório com sol e em uma rodovia que possibilitou, consegui bater os 180 Km/h e efetuei a curva a aproximadamente 150 Km/h como se tivesse andando no máximo a 80 Km/h, é outro carro. Este modelo até o momento não apresentou nenhum ruído que incomodasse, menores até que os anteriores que utilizei no Bala de Prata. Acho que nos primeiros quilômetros utilizando este kit de pneus que ao reduzir fazia um barulho de borracha contorcendo, mas não era nada preocupante, segundo borracheiros era porque o material era virgem, tanto que depois de uns 10 quilômetros rodados parou.

Estou satisfeito com o kit de pneus ContiPowerContact da Continental, uma marca alemã que está investindo pesado para entrar forte no mercado nacional e que tem conquistado com sucesso e qualidade. Daqui um bom tempo quando for trocar os pneus, com certeza será prioridade máxima considerar a Continental novamente. A não ser que o preço fuja dos padrões e compense pegar Michelin por exemplo.

Espero que tenham gostado e aprendido com esta “rezenha” meio review dos pneus ContiPowerContact. Se você já usava ou está procurando pneus comente para trocarmos informações e enriquecer o post! Desde já, obrigado!

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7 comentários sobre “Os Pneus da Continental são bons?

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  2. Boa tarde.

    Estou há quase 01 mês fazendo pesquisas acerca de pneus para meu carro (205/55 R16 91v). Após centenas de pesnquisas, deparei-me com 02 modelos para me deixar na dúvida: Continental contipower contact por R$ 280,00 (promoção mesmo) e um Michellin Primacy 3 por R$ 325,00. Vale a pena pagar a diferença no Michellin já que apenas faço uso do carro em ambiente urbano / diário? O conti não daria conta do recado???

    Obrigada!

    Grazi
    Curitiba

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