Mais uma indicação, desta vez de um dos meus melhores amigos. Sou daqueles que ama quando indicam filmes, porque adoro indicar também, eu vou lá e assisto mesmo, passo até na frente dos que eu já tinha anotado para assistir, mesmo o filme sendo ruim (ou não !). Confesso que enrolei um pouco para assistir, e me arrependo. Além disso, todas as circunstâncias que envolvem a história do filme me deixaram bem mal no seu final, chorei duas vezes inclusive (falo mesmo!). Não aconselho assistir acompanhado, este tipo de filme o melhor a fazer é assistir sozinho para chorar e refletir muita coisa, quase o julguei pela capa e não assisti, teria sido uma heresia incalculável. Se você já assistiu Ponte para Terabítia e Labirinto do Fauno com certeza vai gostar, confiram a rezenha crítica Sete Minutos Depois da Meia-Noite.
A história é sobre Conor é um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida, “um garoto velho demais para ser uma criança e jovem demais para ser um homem”. Seu pai é muito ausente além de rejeitálo, a mãe sofre um câncer em fase terminal, a avó é uma megera que o odeia e ele é maltratado na escola pelos colegas.
Toda a noite, exatamente meia noite e sete (sete minutos depois da meia noite!) Conor tem o mesmo pesadelo, entretanto desde que o filme começa uma árvore em forma humana começa a conversar com ele, contando histórias trágicas em troca de uma história verdadeira de Conor. De início o menino exita, ainda sim a árvore forçadamente começa a contar suas histórias de vida, todas com finais trágicos causando um choque de sentimentos no garoto deixando-o bem confuso. As histórias são animadas como se fossem em aquarela,e são todas belíssimas, apesar dos desfechos.
A cada história somos imergidos em mundos fantásticos, totalmente diferentes um do outro conforme a história da árvore/monstro. O melhor de tudo é que a partir da segunda história começamos a notar que tudo que se passa ali na verdade é uma visão distorcida da vida de Conor e de uma forma bem implícita está a forma como ele deve agir para não continuar “se fudendo”, tudo, através da fantasia. Tanto que isso o próprio monstro deixa bem claro a Conor quando explica os reais motivos para sua aparição, que na verdade ele não veio para curar a mãe, e sim o menino. Muito foda!
Uma curiosidade é que Liam Neeson (Busca Implacável, Batman Begins, A Lista de Schindler) interpreta o monstro, jamais descobriria se não fosse ler as curiosidades. Outra atriz de peso é Sigourney Weaver (Alien) interpretando a vó de Conor. Falando em elenco, vamos ressaltar a interpretação do garoto Lewis MacDougall que interpretou Conor, toda emoção torna-se emocionante e ainda mais pessoal por causa de sua performance.
Como adiantei, é uma obra bem próxima de Labirinto do Fauno, onde nada ali fará você dar risada, é uma fantasia obscura e melancólica. Tanto que nos primeiros minutos se for assistir desinformado pode até confundir com um filme de terror.
A duração é perfeita, conseguindo equilibrar bem início, desenvolvimento e fim, e amigos, que final é esse? Na verdade durante o desenvolvimento já me escorreu uma lágrima em uma determinada cena bem complicada…
O monstro/árvore é um dos personagens mais conscientes que eu pude conferir até hoje, porquê ele consegue extrair algo muito importante que transcende a quarta dimensão e afeta até quem está assistindo. Conseguiu ir lá no âmago do garoto e logicamente também de quem já sofreu com algum ente querido e está assistindo a obra.
“Um dia você vai se lembrar deste dia e ficará mal por não ter dito nada. Mas quero que se lembre que ainda que você nada tenha dito em voz alta, eu sei tudo o que você sempre quis dizer.”
Eu assisti semana passada e estou doido querendo reassistir, é aquele filme para assistir com várias pessoas diferentes e sempre emocionar-se. As últimas vezes que isso me ocorreu foi com Capitão Fantástico, A Vida Secreta de Walter Mitty e Os Intocáveis.
Minha nota é 5/5.
E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.
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Gostei muito do filme e da sua rezenha, este filme é daqueles que ficam na memória pelo resto da vida, e gosto especialmente da cena que traz o fecho para o drama da mãe, quando esta, antes de fechar os olhos pela última vez, parece enxergar o monstro imaginário, olhando enigmaticamente para ele, e o fecho do filme em si, quando Conor folheia o diário com desenhos da mãe, e são os desenhos referentes às histórias contadas, e o último desenho, da árvore- monstro com uma garotinha em seu ombro, imagino que tudo faz referência ao avô falecido de Conor e das histórias cheias de significado que ele contava para a filha pequena, que uma vez adulta, repassou para o próprio filho, Conor, que as manteve subliminarmente, em seu subconsciente, para traze-las à tona no momento mais difícil de sua vida…assim, os ensinamentos do avô falecido, mostrado sutilmente em fotos familiares personificado pelo próprio Liam Neeson, permeiam a narrativa e para mim a criatura representa um alter ego deste homem que Conor nunca conheceu em vida, a não ser através das memórias da mãe…
Este filme me fez chorar tanto quanto A Chave de Sarah, que também perdi nos cinemas, mas assisti recentemente , e que não consigo tirar da cabeça, agora serão 2 filmes a me assombrar , rs…
Um grande abraço
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Por que eu demorei tanto pra assistir isso?
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Me pergunto até hj também…
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Aos prantos, porém muito feliz de ver um filme tão bom e intenso!!! Comentei umas semanas atrás com um amigo, que ultimamente, só assistia filmes piegas e sem conteúdo, mordi a língua no momento que assisti esse filme. Muito bom ler essa resenha, também julguei pela capa e ignorei esse filme por muitos dias, acabei assistindo por falta de opção e agradeço imensamente por nem ler a sinopse, vi totalmente no escuro e chorei do início ao fim. Classificada como infanto-juvenil, não comparando, mas, lembrei do livro O Pequeno Príncipe, parece ser infantil, mas a complexidade te faz ler várias vezes, e em vários momentos irá tocar de formas diferentes. Nos momentos de medo e insegurança, a raiva e angústia são as primeiras reações que ficam expostas, pra não revelarmos o verdadeiro sentimento que é o próprio medo e a insegurança, que aos olhos da humanidade, são considerados sentimentos “fracos” e devemos ser emocionalmente fortes e etc nos tornamos humanos desumanizados, virando zumbis. Aquela fração de dor, empurramos lá pra dentro, guardamos em alguma caixa, e no decorrer da vida, sem darmos conta, não temos uma, e sim milhares de caixas que precisam ser entendidas por nós e muitas vezes entramos em colapso e sem querer! E esse filme mostra que não podemos nos acomodar neste estado zumbi, é preciso seguir em frente, despir camada por camada pra descobrir porque dói e aprender a aceitar essa dor de forma humana! Resumindo…filme 5 estrelas, agora preciso ler esse livro!!!
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Dor nos consome. Ultimamente tem acontecido comigo
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O filme também me fez chorar bastante e refletir sobre diversas coisas da vida.
Parece que ele consegue mesmo colocar a gente lá dentro, como se as mensagens daquela árvore fosse para nos mesmos.
Assim como o menino (muito boa interpretação) eu também tinha um pesadelo repetitivo, desde um acontecimento na minha vida.
E pude entender o que isso queria me dizer.
Recomendo muito esse filme.
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Acabei de assistir ao filme e ainda estou em prantos. É um filme e tanto, daqueles pra assistir várias vezes, pois força-nos a uma reflexão sobre a vida. Tudo ali tem um significado que transcende o imaginário, as fábulas e os contos de fadas. Vale a pena assistir e assistir de novo.
Felipe Calabrez, a resenha ficou excelente. Parabéns!
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Muito obrigado amigo pelo seu resumo e sentimentos ao assisti-lo, e compartilhá-lo e lógico o elogio. To querendo reassistir, mas acompanhado, não quero assistir sozinho! kkk
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Fantástico filme! Fantástica resenha.
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Muitos obrigado amigos de verdade. Filme inesquecível.
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Bela resenha acabei de ver o filme e fui caçar alguma opinião sobre. Concordo que o monstro é muito bem consciente, principalmente quando diz que todos temos o herói e o vilão dentro de nós, é uma sabedoria que eu fico tipo cara que foda. Quando vc falou aí na resenha que se não tiver informado pode pensar que é um filme de terror, foi exatamente oq eu pensei, ah se eu não soubesse já ia chamar o Rau com a canetinha rodando sozinha
pelo chão…kkkk
Enfim muito boa a resenha, o filme é realmente top, de se ver mais de uma vez.
PS: segurei o choro pq tinha mais gente na sala…
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Hahahahaha! Eu não. Chorei com gente mesmo, não aguentei! Porque quem me indicou o filme, o seu pai morreu pelas mesmas razões, aí vem tudo na cabeça na hr, é foda!
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Nossa daí pesa hein, é tudo muito emocionante!!!
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Eu estava céptico sobre o filme e não tinha certeza se ia assistir ou não…
Fizeste-me ter vontade de ver. 🙂
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Abraços!
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Oloko não sabia disso! Obrigado pela dica! Espero que goste do filme e volte aqui para falar sobre!
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Eu volto, pode deixar 🙂
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