Rezenha Crítica T2: Trainspotting 2017

Desde o primeiro dia deste glorioso ano de 2017 estava na angustiante espera para assistir a continuação de Trainspotting, no entanto o dito cujo não vinha de jeito algum para nosso país, em nenhuma sala de cinema próximo a minha cidade o filme pintou. Este fim de semana a espera acabou, no meu querido Stremio pintou com qualidade FullHD, não pensei duas vezes. Depois de 20 anos o diretor Danny Boyle mostra como fazer uma continuação decente de um clássico, quiçá até melhor do que o primeiro dependendo o seu ponto de vista crítico e se conseguiu enxergar através do muro. Confira a “rezenha” crítica de T2: Trainspotting 2.

Nessa “rezenha” vai textão, desculpe. Começando pelo primeiro pelo nome. Em 1996 o primeiro longa foi um marco cultural da década de 90, não apenas pela qualidade do filme, também por toda a crítica social que o filme envolvia de forma subliminar e direta. Tratava-se sobre uma geração perdida com fortes indícios de ter tudo tão próximo e ao mesmo tempo tão longe.  Um dos melhores filmes que em sua época abordou o tema drogas de uma forma tão crua e explícita, onde uma geração que tinha tudo e ainda tem (por que não?) potencial para diversos talentos foram perdidos como “lágrimas na chuva” para a droga. O primeiro é épico, e trazendo à tona toda esta nostalgia dos anos 90 e com um dos ícones cinematográficos da década, o filme Exterminador do Futuro 2, o títuto começa com um T2 danadão, pois o título original do filme é Terminator 2 e em muitos lugares a divulgação era como T2. Eu como fã dos dois pirei na referência né?

Agora voltando ao ano de 2017, 20 anos depois, fomos pegos com as calças arriadas nesta continuação, ninguém mais esperava por ela tamanho tempo de espera. Pois bem, e ela veio com tudo, com diretor e elencos originais, trazendo à tona uma empolgação nostálgica fodida. Muita gente queria assistir mais por nostalgia do que se o filme iria ser realmente muito bom. Eu já colocava fé desde o trailer quando Trenton declama o monólogo sobre “Escolher a Vida”, arrepiou no trailer e no filme, com o contexto geral.

Temos as drogas, mas não como ponto de discussão ou da forma como fomos apresentados no primeiro, em T2 o ponto é o sexo, a putaria… De como hoje estamos expostos a divulgação de nossa privacidade de uma forma escrota e o quanto não estamos prontos para lidar com isso, bem Black Mirror não?

Apesar de passados 20 longos anos, o filme segue a linha do primeiro, como terminou o primeiro o segundo começa, e como o segundo acabou é a forma como o primeiro começa. Confuso né? Se sim é aí que você deve assistir para entender, é uma analogia e viagem minha, entretanto seguindo a lógica do que falo tem todo o sentido ksksksksks…

O primeiro eu NECESSITO reassistir, só que chapado, lokasso mesmo, seguindo a linha dos caras, porquê hoje eu sou exatamente como os caras lá atrás, mesma idade, mesmas dúvida, mesmos medos, este tipo de viagem transcendental é muito foda e deve/merece ser experimentada (não que já não o faça, mas assistindo a obra deve ser bem da hora, principalmente a cena da privada!).

Voltando a T2 além de um enredo fortemente intenso, onde você fica pilhado desde os primeiros minutos, somos jogados a uma Edimburgo com paisagens exacerbadamente maravilhosas com muito verde e cores em contraste ao cinzento centro urbano da mesma Edimburgo, com lindas e oportunas transições entre o que realmente era realidade com cenas do primeiro filme, justas homenagens a alguns momentos muito bem gravados lá atrás e logicamente gravados em 2017, todas as cenas, das mais paradas até com maior ação muito bem dirigidas, é um tipo de trabalho que dá gosto admirar, fica ainda melhor a cada reassistida.

Não posso deixar de comentar sobre a trilha sonora, ponto forte de ambos, ainda em T2 eles resgatam o som noventista e inserem músicas atuais d emuito bom gosto, cara a cena de Radio Ga Ga do Queen quem não entrar na vibe pode parar, que cena linda aquela.

Engana-se você que T2 ficou preso e repetiu a fórmula do primeiro, se tivesse o feito estaria fadado ao fracasso, visto que o que se foi criticado pelo grupo lá atrás, eles teriam de certa forma tornado-se aquilo o que mais odiavam, logo…

O arco do Spud me emocionou. No primeiro ele teve um papel importância deveras relevante, porém com pouco tempo, neste com um pouco mais de espaço acharam uma linda redenção onde parecia não haver, fora os demais logicamente, mas o Spud em destaque me conquistou.

“Escolha a vida.

Escolha o Facebook, o Twitter, o Instagram e espere que alguém em algum lugar se importe. Escolha olhar para os velhos tempos, querendo ter feito tudo diferente e escolha ver a história se repetir.

Escolha seu futuro. Escolha programas de reality TV, humilhar mulheres, usar pornô como vingança, escolha um contrato de trabalho sem mínimo de horas, uma ida de duas horas para chegar ao trabalho.

E escolha o mesmo para seus filhos, só que pior, e alivie a dor com uma dose desconhecida de uma droga desconhecida feita na cozinha de alguém e então…

Respire fundo. Você é um viciado, por isso se vicie. Vicie-se em outra coisa. Escolha o que você ama. Escolha seu futuro. Escolha a vida”.

Minha nota é 5/5 (Se eu pudesse dar 10 eu dava).

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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12 comentários sobre “Rezenha Crítica T2: Trainspotting 2017

  1. Achei que T2 atendeu à nostalgia dos fãs do primeiro filme.
    Mas em relação a enredo, esperava mais, minhas expectativas foram tão altas que acabei saindo do filme com a sensação de que esse poderia passar numa Tela Quente da vida, diferente do primeiro.
    Valeu por compartilhar sua crítica, conheci o site hoje e estou gostando muito. =)

    Curtido por 1 pessoa

    • Realmente o primeiro é impactante para mim que quando assisti estava com a mesma idade dos personagens aproximadamente. O T2 eu particularmente achei incrível, lógico menos chocante, mas se eu for assisti-lo daqui alguns anos, sendo um pai de família nos seus 40 anos acho que eu possa curtir até mais que o primeiro hehehehe… De fatoDanny Boyle investiu mais na nostalgia mesmo! Obrigado pelo elogio!

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