Ida à Belém, cidade onde Jesus “nasceu”!

2014, um dos anos mais conturbados da minha vida, céu ao inferno e do inferno aos céus em questão de minutos por todos os 365 dias daquele fatídico ano e que se arrastara por mais um tempo até encontrar momentânea paz. Acompanhem comigo este diário de viagem que está sendo estreado no Blog, onde irei “rezenhar” sobre vários lugares que tive até o presente momento a oportunidade de conhecer, sempre levado pelos sinais que a vida nos envia (assim como o Alquimista, livro lido há pouco tempo e que me ajudou a descobrir o que sempre ansiei nestas viagens, a busca pela minha Lenda Pessoal), regado a muitas emoções e histórias bem “Lado B”, diferente de tudo o que se lê nos guias turísticos.

Estava no fim de um relacionamento, amigos nos quais eu amava, distantes, literalmente abandonado no limbo, jogado às cobras. Com muita raiva e perseverança consegui o impossível, aquilo que ninguém esperava de minha pessoa, passei em primeiro no Concurso Público para minha área de Tecnologia da Informação, uma reviravolta e tanto na vida daquele que já estava tido como morto.

Existe um sentimento que levo comigo desde minha infância chamado gratidão. E não poderia ter sido diferente, uma pessoa mais do que especial estava em situação até mais complexa que a minha meses antes, e juntos, apesar da distância conseguimos nos reestruturar, com algo que hoje é tão raro, companhia e amor verdadeiro. Declarações à parte, passado é passado, e para comemorar tal conquista não poderia ter ido para outro lugar que não fosse Belém, a cidade onde Jesus “nasceu”!

Conheci esta simpática família paraense no voo, infelizmente não consegui encontrá-los nas redes sociais. Só lembro o nome do rapaz, Anderson. Muito simpáticos, era um bom presságio do que estava por vir!

Combinamos de nos encontrar no aeroporto. A viagem deu tudo certo, fiz uma escala no Rio de Janeiro, era época de Copa do Mundo, tive contato real com vários turistas, como por exemplo: Colombianos, Chilenos e Costa Marfinenses.

Marfinenses, me perguntaram algo que não me recordo, e por incrível que pareça por um Inglês enrolado e sinais consegui ajudar! kkkkk

Era e ainda sou pobre, meu destino de hospedagem foi a rede IBIS, ficava no centro da capital, barato e cumpria o que prometia por um preço justo. Os demais hotéis que eu pesquisei sempre tinha algo que incomodava ou gerava suspeita.

Hora da aventura! Hotel IBIS de fundo! E meu gorro ficou por lá!

Como o tempo era curto e já era tarde, tomamos um guaraná local, o TUCHAUA e comemos uma pizza de Calabresa, em homenagem ao meu célebre sobrenome. A promoção era boa pelo que me recordo, comprava a pizza e ganhava o guaraná!

Desceu redondo com a pizza!

No dia seguinte fizemos um tour pela região o dia todo, andamos a pé pela capital livres, leves e soltos, visitamos uma mostra de arte rupestre chamada Visões. Muito legal, rendeu várias fotos interessantes e engraçadas com animais taxidermizados além de conhecermos a origem de alguns sinais imortalizados e espalhados pela região Norte.

Esta foto tem potencial para virar MEME, toda vez que eu vejo, dou risada!

Será que há muitos anos atrás eu já havia passado por ali? ksksksks

O Paraense gosta é de um bom café da manhã, bem reforçado e em todos os dias era notável, logicamente eu também aproveitei, foram excelentes e inesquecíveis cafés da manhã. Regados a pão com ovo e suco, açaí com farinha de tapioca ou farofa e camarão (na boa esta é a forma certa de comer açaí!), tapiocas salgadas ou qualquer outra coisa bem gostosa e que saciava fácil, fazia até esquecer do almoço como realmente aconteceu pelos dias que lá estive.

Foi assim que eu descobri como se comia Açaí de verdade! Reforçado!

Imagina depois hein… ksksksks

No segundo dia visitamos um zoológico que esqueci o nome e uma espécie de “casa da cultura” chamada Parque da Residência onde possui a famosa estátua do escritor e ex Governador do Pará, Ruy Barata.  Como podem observar duas gerações de escritores lado a lado, um com o seu livro em mãos, e eu com a ferramenta do terceiro milênio. MENTIRA, eu prefiro o livro e os adorados caderninhos de anotações.

Esta foto ficou magistral e imponente! Que paisagem magnífica diante de tanto verde que amo!

Me arrependo de ter perdido algumas fotos deste Zoológico. Lugar magnífico, olha esta estrada que leva a lugar algum! Coisa linda!

Uma imagem vale mais que mil palavras!

No terceiro dia fomos até a Estação das Docas, lugar que já estava apaixonado por ir mesmo sem conhecer. Até então cervejas artesanais ainda não eram tão difundidas e eu já era apaixonado por elas, e nas docas havia a cervejaria oficial da Amazon Beer (até então era comercializada apenas pela região Norte). Chegando ao local somos agraciados pelo pré Bumbá Meu Boi lá no meio do nada! Já tive que registrar o “cara de batata” no meio!

O lugar é mágico em todos aspectos, em seu âmago é uma paisagem romântica, imagine você em um porto ao anoitecer com o mar de frente aos seus olhos e com uma pessoa adorável ao seu lado? Como a propaganda do Mastercard nos persuadi, NÃO TEM PREÇO! Além disso, as músicas, em cada doca parecia adivinhar a trilha sonora, tocando músicas relacionadas ao que sempre conversávamos e o tema no qual nos conhecemos, isso tudo sem combinar com o músico! Obrigado Nando Reis e a sua mais linda poesia “Por Onde Andei”.

Prédio histórico de frente à Estação das Docas

Pena que a câmera não ajudava. Lugar apaixonante!

Obrigado cara pela trilha sonora só conseguiu aperfeiçoar o que já estava perfeito!

Na Amazon Beer tomamos uma Stout de Açaí e uma Red Ale pra lá de curiosa, com um ingrediente local chamado Priprioca, INESQUECÍVEL e absurdamente deliciosa. Casou certinho com o momento e com a linguiça de metro que fizemos o pedido. Cara lembro que como se fosse ontem disso!

Que dupla. Gente, a de Priprioca é perfeita!

Não contente, e com a dica que uma das tripulantes do avião deu antes de sair, eu precisava experimentar o tão falado Tacacá! E ali pelas docas tinha um local que preparava, bem gourmet é verdade, mas não podia deixar passar esta oportunidade e lá fomos nós. A aparência assusta, mas era delicioso, até hoje acho que consigo distinguir aquela explosão de sabores. Camarão envolto a goma (ingrediente típico do Pará), folhas de Jambu e o tucupi em sua essência. Cada sabor novo que fiz questão de guardar em minha memória com vontade de “quero mais”.

Posso sentir o cheiro ainda!

Vai um pouquinho aí?

Outra curiosidade é a cachaça de Jambu, mesma erva que continha no Tacacá. Gente aquilo não é de Deus, e é uma das especialidades da região. Você toma uma GARRAFA fodolenta inteira e não sente queimar, PUTA MERDA! É um néctar dos Deuses do Norte. Entretanto em virtude de ser extraído do Jambu, os lábios ficam adormecidos, e isso é muito da hora! Só sei que para sairmos das Docas e voltarmos até o IBIS foi uma aventura, quase não conseguimos, nos perdemos pelos bairros proibidos de Belém, lokassos e sem medo de absolutamente nada, já não tínhamos nada a perder, estávamos com a pura sensação de já termos tocado os céus! Nada mais importava!

Quero importá-la! Bateu saudades! Cada golada uma viagem diferente!

Existem muitas coisas que poderiam ser descritas aqui, mas infelizmente (ou felizmente!) é melhor deixar apenas na memória.

Só ficou a saudade!

Espero que tenham gostado destas memórias, simples porém valorosas. Em breve haverão outras mais! Desde já agradeço a visita, e por gentileza comente!

Confiram outras viagens (clique aqui) e acampadas que realizei (clique aqui) pelos dezembros e primaveras de minha vida!

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