Rezenha Crítica Túmulo dos Vagalumes 1988

Provavelmente você já ouviu falar de animações ou desenhos que não foram feitas para criança assistir, Túmulo dos Vagalumes é um exemplo a ser seguido religiosamente, tanto que já imaginando o que estava por vir procrastinei a sessão por muito tempo porque sabia que ia chorar a qualquer momento. Se você nunca ouviu falar desta obra prima precisa perder cinco minutos do seu tempo lendo esta “rezenha” crítica para descobrir o que está perdendo e assistir, a boa notícia é que tem no Youtube as versão Dublada e Legendada completas!

Já no primeiro minuto você sente a pegada que aquilo ali não é feito para crianças mesmo, o jogo de cores saturado com sombras, mais o encontro fúnebre do espírito do protagonista com seu corpo falecido dói na alma, seco e direto. Ali a obra te prende não tem jeito.

Túmulo dos Vagalumes narra a trágica história sobre dois irmãos – Setsuko e Seita – que vivem no Japão durante a época da guerra que, após tornarem-se órfãos por causa do conflito (sua mãe morreu e seu pai está desaparecido), vão parar na casa de parentes. As coisas pioram quando acabam tendo que ir viver em um abrigo no meio do mato. Toda a história é narrada pelo irmão mais velho Seita após sua morte. Uma história angustiante, triste e dolorosa que, apesar de relatar acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, está pouco interessada em relatar causas militares e sim em falar sobre as vítimas, muitas vezes silenciosas.

A estética da animação com a trilha sonora melancólica com arranjos em violino contribuem para a demasiada tristeza.  Os 88 minutos de duração passam voando e são tão intensos quanto uma marretada na cara, você fica com a cara inchada.

Os japoneses conseguem nos fazer sentir na pele o que as pessoas daquela época sentiram, seja por racionamento de recursos, catástrofes, genocídios e  pessoas tendo de viver em situações calamitosas, tudo isso é nos enfiado “guela à baixo” e é difícil de digerir porquê até em filmes ou vídeos reais o choque é menor, na verdade eles não enfeitam nada, e acho que vou guardar para sempre uma cena em especial da mãe dos irmãos toda queimada, aquilo não é fácil “desver”.

Os traços são conhecidos, pertencem ao Estúdio Ghibli, que já fez outras obras primas como A Viagem de Chihiro e Vidas ao Vento (crítica aqui) por exemplo.

Existem outros exemplos de animações que são conhecidas por terem sido feitas para adultos, além de Vidas ao Vento já citada e com “rezenha” crítica aqui no blog poderia também citar Mary e Max: Uma Amizade Diferente (crítica aqui) e Minha Vida de Abobrinha (crítica aqui), Akira e entre tantas outras, inclusive do Estúdio Ghibli que são especialistas em nos fazer chorar.

Se for assistir esteja preparado com lencinhos umedecidos e embarque no porão da guerra, aquilo que ninguém quase mostra.

Iria assistir de novo? Com certeza.

Minha nota é 5/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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