Rezenha Crítica Nunca te Vi Sempre te Amei 1987

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Nunca tinha visto, sempre te amado. Com esta analogia ao título começo minha “rezenha”. Assim como os Intocáveis, Mary & Max e por que não Drácula de Bram Stoker, estamos diante do mais puro e belo modo de como explicar o que é um romance epistolar. Confiram a “rezenha” crítica de Nunca te Vi Sempre te Amei.

Durante a Segunda Guerra Mundial e por longos vinte anos, Helene Hanff (Anne Bancroft que novamente regaça, que atriz meus amigos, que atriz… em Homem Elefante o pouco que apareceu me chamou muito atenção, neste, como protagonista nem preciso me estender), uma escritora americana, se corresponde com Frank Doel (Anthony Hopkins), o gerente de uma livraria especializada em edições raras e esgotadas. Tudo começou pelo fato de Helene adorar livros raros, que não se encontram em Nova York. Só que ela não poderia imaginar que uma carta para uma pequena livraria em Londres, que negocia livros de segunda mão, iniciaria uma correspondência afetuosa com Frank. Neste período uma amizade muito especial surge entre os dois.

Um amor sem desejo carnal, só contos e o cinema europeu conseguem realizar com exatidão essa façanha. Mesmo sendo em 86 ambos personagens rompem a famosa quarta parede, termo utilizado quando personagens cinematográficos olham para a câmera e falam como se fosse com você, o que de fato é a intenção.

Em uma época que a Inglaterra vivia uma terrível recessão, Helene começa a enviar curiosos produtos alimentícios para Frank e seus colegas de trabalho, como por exemplo presunto, que era raro no país naquele momento.

O jogo de realidades em paralelo com tudo sendo narrado como se de fato estivessem escrevendo é o grande charme da obra, com uma fotografia que contrasta as duas realidades muito bem distintas, além das atuações, uma mais contida e nobre como um Inglês vitoriano, outra mais desinibida, agitada, como de qualquer americano que viva em uma cidade como Nova York.

Fui conquistado quando descubro no meio da obra que Frank torce para os Spurs, ou melhor, o Tottenham da Inglaterra. Quem acessa o blog sabe, sou torcedor do time!

Quando cito o amor é o que os funcionários da livraria sentem por Helene e vice versa, traduzido pela gratidão e compartilhamento de interesses entre todos mesmo com a distância e o desconhecido (hoje com redes sociais é muito fácil). Uma chuva de referências bibliográficas são inseridas no filme para os amantes de literatura, em especial ao poema de William Butler Yeats que Frank escreve para Helene, com uma atuação cirúrgica de Howpkins ao declamá-lo durante a narrativa.

Fossem meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminhe suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.

Um filme que apesar do tempo e estar datado (será?) merece ser assistido por todos antes de morrer, entra fácil neste tipo de lista!

Iria assistir de novo? Sim.

Minha nota é 4,5/5.

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