CatFish Brasil, sempre uma triste história

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Depois de muito tempo sintonizei na MTV para ver o que estava passando de bom num entediante domingo, eis que estava rolando a maratona de CatFish Brasil, programa que já tinha ouvido falar há um bom tempo mas não tinha dado tanta bola. A maratona passava porque nesta semana vai começar a sua terceira temporada, salvo engano na quarta-feira.  Um programa muito intrigante, mostra ao telespectador que aquela vida “criada” na Internet pode parecer muito boa, entretanto quando os fatos confrontam-se com a realidade, nua e crua, o final pode ser traumático e muito triste, na verdade não vi um final 100% feliz neste programa.

O nome do programa surgiu nos EUA, o termo catfish é muito utilizado na língua inglesa para designar pessoas que enganam outras na internet, postando fotos e informações falsas em mídias sociais.

O programa tem uma pegada investigativa, onde seus apresentadores Ciro Sales e Ricardo Gadelha vão atrás de histórias reais (alguns episódios parecem fakes em virtude da reação das pessoas, mas lendo algumas histórias dos envolvidos na Internet, e até analisando o comportamento, afinal se conseguiram entrar num perrengue destes é porque o desenvolvimento social na vida real não é dos melhores, é crível) de pessoas que de alguma forma possuem um relacionamento virtual duradouro, entretanto que nunca se encontraram de verdade, nem por Webcam, o que já seria no mínimo suspeito.

Desde o início das investigações até chegar nos envolvidos é muito tenso e desesperançoso, porque em todos os casos, o perfil é fake ou as informações do alvo são mentirosas. O trabalho é árduo, vale destacar a edição que dá uma boa caprichada também nesta tensão. O que incomoda é um dos apresentadores ficar andando com uma handcam, acho ridículo, até entendo por ele provavelmente gravar aquilo para algum canal do Youtube deles, mas é bizarro.

Frustração deveria ser o apelido do termo rede social. Lógico que existem histórias com final feliz, mas em CatFish elas não existem. Ali é uma mistura de ingenuidade com falta de suporte informativo e uma pitada de ingenuidade, porque chega a ser inacreditável como algumas pessoas possam conviver tantos anos conversando com alguém e não ter provas de sua existência ou que estejam mentindo, ainda mais em tempos com a velocidade com que se pode tirar uma “selfie”, fazer uma ligação e ouvir a voz da pessoa ou ligar a webcam (rolar uns nudes e pá ksksksks, brinks), chega a ser inconcebível esta ingenuidade depravada, mas ainda sim isso é possível com esta nova geração que prefere esta “segunda vida” virtual do que a triste realidade cheia de problemas e obstáculos a serem vencidos, este tipo de situação é a ponta do iceberg de futuras gerações.

Após finalmente encontrarem o alvo os apresentadores combinam o tão aguardado encontro, na maioria das vezes a frustração e a lavação de roupa suja ocorre, em muitos casos um não quer saber do outro, em outros, continuam conversando ou assumem o “namoro”, mas uma coisa é certa, em todos encontros rola aquele pedido de desculpa deslavado.

Seria muito mais simples se a verdade tivesse vindo à tona desde o começo, e posso utilizar um exemplo prático, eu mesmo. Meu relacionamento originou-se de uma singela e ingênua cutucada, com perfil verdadeiro em outro perfil “averiguadamente” verdadeiro e que achava a pessoa linda ;), e, pasmem, estamos para se casar! Inclusive fica de ideia pros caras do programa fazer um catado destas histórias que deram certo, seja dos participantes do programa ou de ainda anônimos por este Brasil que passaram por algo parecido e que tiveram um final feliz!

Apesar do programa discutir estas histórias de uma forma até superficial, o buraco é muito mais embaixo que isso e aí que temos que ficar atentos em nossos entes queridos, sejam familiares ou amigos, não pelo fato de conhecer alguém distante (às vezes pode encontrar alguém legal) e sim para não cair em uma roubada. Não julgue, ajude!

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6 comentários sobre “CatFish Brasil, sempre uma triste história

  1. Esse programa me deixa com a pulga atrás da orelha… porque a reação das pessoas ao receber a notícia de que estão sendo enganados parece não ser muito espontânea. Dá a impressão de oportunismo, e muito mais de querer ter seus 15 minutos na televisão do que de sinceridade. Por exemplo no episódio de ontem que a menina descobriu que o ” carinha”que ela namorava virtualmente há 6 anos era na verdade uma menina. A “vítima” não expressou nenhuma reação de descontentamento, ficou estranho.Mas, de fato, a forma como levam o programa é muito interessante. Pra quem nunca assistiu, vale a pena perder umas horinhas assistindo. Fato que o cara com a câmera na mão é irritante! Afinal porque diabos o cara fica filmando os encontros sendo que já existe uma outra câmera filmando tudo? E nos faz refletir… sobre como hoje em dia as pessoas ficam alienadas apenas à relacionamentos virtuais e se esquecem de aproveitar o “tete a tete”. Como pode alguém se relacionar com outra pessoa durante anos sem nunca nem se quer ter visto na webcam o indivíduo? É triste. Lógico que a tecnologia ajuda, (somos prova disso),mas tudo de forma doseada. Quem não doseia, o veneno pode ser mortal e você pode estar falando com Maria achando que é João ksksksk

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