Rezenha Crítica Os Corações de Buster 2016

Desde que assisti a excelente série Mr. Robot (confiram a “rezenha” aqui) sentia a necessidade de conferir algum trabalho de Rami Malek pós série e há meses fiquei no aguardo do lançamento desta obra, não apenas por esta vontade pessoal, também pela sinopse do filme que já chamava a atenção. Não é um filme de fácil compreensão, você vai deitar e ficará refletindo sobre tudo o que ocorreu durante os 96 minutos, e isso é só a ponta do iceberg, confiram a “rezenha” crítica de Buster’s Mal Heart.

O filme conta a história de um ermitão (Rami Malek), que consegue sobreviver ao inverno e às investidas das autoridades que tentam levá-lo para centros de detenção, invadindo casas de veraneio vazias devido a fria estação. Nessas casas, seus sonhos são sempre sobre um homem perdido no mar.

Não se engane pela sinopse, é um filme profundo e nos primeiros minutos é perceptível que Rami Malek saiu de Elliot, mas Elliot nunca saiu dele, está com a mesma cara de gênio incompreendido ensandecido da série, e o desenvolvimento do filme e as questões abordadas nos remetem a série, não que isso seja ruim ou intencional, mas é impossível fugir do contexto por mais que o caminho que é tomando seja diferente.

O filme trata sobre algo que aflige rotineiramente a mim e muita gente, a liberdade. Não tornar-se um escravo do sistema ou da própria rotina, isso envenena a alma pouco a pouco como um conta gotas, e é justamente isso que o filme tenta nos transmitir com o personagem de Buster, que é chamado assim por sempre ligar nas rádios e falar sobre a inversão que ocorrerá no mundo e a escravização que passamos inconscientemente.

A narrativa torna-se complexa pois não segue uma linha temporal ascendente, vamos ao futuro e voltamos ao passado várias vezes, até para que seja contada a razão no qual Buster chegou naquela situação.

O elenco de apoio é incrível, principalmente sua mulher e filhinha, além do ator DJ Equals que não possui um nome e vem para tacar o foda-se. Cara quando este personagem aparece chega ser surreal um inconsciente crossover com Mr. Robot, e todo aquele discurso de liberdade, inflama seu âmago fácil.

Eu não tinha sacado a metáfora, mas existe u conto bíblico inserido na obra, de Jonas e a Baleia, vale de curiosidade ler sobre antes de assistir o filme.

Atuação de Rami Malek é impecável, multifuncional e executando de uma forma brilhante cada um dos ambientes que enfiaram ele no filme, em momentos que o tédio parecia assumir o papel de tensão ele consegue nos emergir novamente naquela loucura toda. Um papel difícil pela carga emocional de um drama psicológico com ares um tanto depressivo.

Confesso que até certo ponto apenas elenco estava segurando o filme nas mãos, mas a partir do segundo ato até o final tudo se transforma com o desenvolvimento e o filme torna-se pertinente  e reflexivo em muitas situações de nossa vida, ora por um emprego bosta ou uma vida que sonhamos e que na realidade não chega nem perto disso. Perto do final por algum motivo queria dar 2, após o final e indo dormir pensando na obra a nota chegou a 33, entretanto escrevendo a “rezenha” e analisando ainda mais afundo os detalhes passou um 4 pela cabeça, mas seria até ousado demais, então vamos na média.

Minha nota é 3/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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